Militar que matou skatista em Juiz de Fora agiu em legítima defesa, conclui polícia
Investigação aponta que o militar tentou proteger a mãe da vítima durante a ocorrência
O inquérito da Polícia Civil sobre a morte de Daniel Carvalho de Andrade, conhecido como ‘Daniel Monstro’, foi encerrado sem nenhum indiciamento. O episódio ocorreu em 17 de março, na Avenida dos Andradas, em Juiz de Fora. Daniel foi morto a tiros pelo vizinho, Flávio Luiz Moreira de Souza, um militar do Exército Brasileiro.
Segundo a delegada Camila Miller, responsável pelo caso, o militar agiu em legítima defesa. No início do mês, uma reconstituição do crime foi realizada. De acordo com o Registro de Eventos de Defesa Social (Reds) feito pela Polícia Militar, Daniel estava agredindo sua mãe, de 73 anos, dentro de casa. Flávio, que mora um andar abaixo, ouviu os gritos de socorro e interveio. Ele alegou que entrou em luta corporal com Daniel e atirou para assustá-lo.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas Daniel não resistiu e morreu no local. O militar foi preso, passou dois dias no quartel e foi liberado para responder ao processo em liberdade.
Desavenças entre vizinhos
Daniel morava com a mãe no terceiro andar. Segundo Bárbara, sua cunhada, ele estava passando mais tempo em casa devido ao diagnóstico de esquizofrenia e aposentadoria por invalidez. Ela também confirmou que havia desentendimentos anteriores entre Daniel e o vizinho.
A família de Daniel acionou o Ministério Público, pedindo o afastamento do militar do prédio, devido a um possível descumprimento de medida cautelar.
