Construtora de JF é obrigada a adotar novas medidas de segurança após tragédia
Anos após acidente fatal, empresa deve melhorar práticas de saúde e segurança no trabalho
Cinco anos após o trágico acidente que vitimou um operário de 63 anos, a construtora de Juiz de Fora será obrigada a implementar novas medidas de segurança. O incidente ocorreu em 26 de março de 2019, na Rua Vicente Adão Botti, no Bairro Bom Pastor. O resgate do trabalhador durou cerca de quatro horas, mas infelizmente ele não sobreviveu. Na época, a obra estava regular perante o município, segundo o setor de Atividades Urbanas (SAU) da Prefeitura.
Entretanto, a fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) revelou graves falhas na segurança. Primeiramente, a construtora não garantiu a estabilidade do talude e não sinalizou a área de risco. Além disso, fatores como escoramento inadequado, ausência de sistemas de proteção e falta de equipamentos de resgate foram determinantes para o acidente.
Adoção de medidadas
Agora, a construtora deve adotar diversas medidas de segurança. Primeiramente, é necessário avaliar os riscos ocupacionais em locais de escavação e instalar proteções coletivas. Ademais, passarelas e proteções contra quedas devem ser asseguradas. A criação de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e a implementação de programas como o PCMSO e o PGR também são obrigatórias.
Em relação às atividades em espaços confinados, a empresa deverá indicar formalmente um responsável técnico, gerenciar riscos e providenciar sinalização de segurança. Além disso, o acesso a pessoas não autorizadas deve ser bloqueado. A capacitação e disponibilidade de equipes de emergência e salvamento são essenciais, assim como garantir os equipamentos necessários ao controle dos riscos e elaborar um plano de resgate.
Com essas medidas, espera-se que a construtora melhore significativamente as condições de trabalho e evite futuras tragédias.
