Estado possui 43 represas em alerta, e mais de 1,7 milhão de pessoas vivem sob ameaça

Minas Gerais enfrenta um cenário alarmante: 15 das 43 barragens em situação de alerta ou emergência no estado foram erguidas pelo método a montante — o mesmo que causou as tragédias de Brumadinho e Mariana. Esse tipo de estrutura é considerado o mais vulnerável por especialistas, já que a barragem é construída sobre o próprio rejeito da mineração, tornando-a instável, principalmente em períodos chuvosos.

As duas maiores catástrofes ambientais do Brasil, em 2015 e 2019, ocorreram justamente durante temporadas de chuva, quando a pressão da água intensificou a fragilidade das barragens a montante. Agora, 95,3 mil pessoas vivem próximas a essas 15 estruturas, que juntas acumulam impressionantes 384,2 milhões de metros cúbicos de rejeito.

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Outros métodos de construção também apresentam riscos

Além das barragens a montante, Minas possui mais 28 represas em alerta ou emergência com diferentes métodos de construção. Entre elas, 19 foram feitas em etapa única, modelo que não permite ampliações e abriga 46,5 milhões de metros cúbicos de rejeito, ameaçando 156 mil pessoas.

Há também quatro barragens com alteamento a jusante — considerado mais seguro, mas ainda assim perigoso devido à natureza da mineração — que abrigam 87,8 milhões de metros cúbicos de rejeito e colocam 44 mil pessoas em risco.

Por fim, cinco barragens seguem o método de elevação por linha de centro, que mistura características dos outros dois tipos. Essas represas acumulam 6,7 milhões de metros cúbicos de rejeito e ameaçam cerca de 1,5 milhão de moradores nas proximidades.

A situação crítica das barragens em Minas Gerais reforça a urgência de medidas mais rígidas de fiscalização e modernização das estruturas para evitar que novas tragédias se repitam.

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