Prejuízo histórico nos Correios paralisa transportadoras e ameaça setor aéreo

A grave crise financeira dos Correios está começando a prejudicar também o transporte aéreo de cargas no Brasil. Após registrar um rombo recorde de R$ 3,2 bilhões em 2024, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) passou a atrasar pagamentos a dezenas de transportadoras terrestres, o que resultou em paralisações em todo o país.

Cerca de 40 empresas enviaram um comunicado à presidência da estatal exigindo a regularização dos repasses referentes a janeiro de 2025. No documento, as companhias afirmam que os atrasos comprometem a manutenção das operações, altamente custosas.

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Mas a situação, antes concentrada nas estradas, agora também afeta os céus do Brasil.

Companhias aéreas relatam prejuízos e incertezas com a crise dos Correios

Segundo fontes ligadas às operações logísticas, companhias aéreas contratadas pelos Correios já começaram a sofrer consequências diretas da inadimplência. A Sideral Linhas Aéreas e a Total Linhas Aéreas, que operam jatos cargueiros Boeing 737, estão entre as primeiras impactadas.

A informação foi confirmada ao site AEROIN por uma fonte do setor: “Essa situação já está se refletindo negativamente tanto na Sideral quanto na Total”, afirmou, destacando o crescente risco à continuidade dos serviços de carga aérea.

A preocupação é generalizada. Especialistas alertam que, diante da importância estratégica dos Correios no escoamento de encomendas no país, o colapso financeiro pode afetar toda a cadeia logística brasileira. Empresas de transporte, comércio eletrônico e consumidores comuns sentem os efeitos do desequilíbrio.

Com margens de lucro reduzidas e custos operacionais elevados, o setor aéreo de cargas enfrenta um cenário de incertezas, agravado pela crise da principal contratante estatal do país.

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