Guerra comercial ganha novos capítulos, derruba bolsas pelo mundo e pressiona moedas e commodities

Mercados reagem com pânico após retaliação chinesa

Os mercados globais abriram a semana em forte queda, impulsionados pela escalada na guerra comercial entre Estados Unidos e China. Na sexta-feira, Pequim anunciou retaliações às tarifas impostas por Washington, ampliando o temor de uma recessão mundial.

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Logo na abertura desta segunda-feira (7), o dólar já mostrava força no Brasil, sendo negociado a R$ 5,88. Pouco depois, às 10h28, a moeda norte-americana avançava 1%, batendo R$ 5,90. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, ampliava as perdas e recuava 1,9%, aos 124.844 pontos.

Estados Unidos e Europa enfrentam recuos históricos

Nos Estados Unidos, os contratos futuros dos principais índices apontavam quedas acentuadas. O S&P 500 acumulava perdas superiores a 20% desde seu pico, entrando tecnicamente em bear market. O índice já havia perdido quase US$ 5 trilhões em valor de mercado apenas nos dois dias após a nova rodada de tarifas anunciadas por Donald Trump.

Enquanto isso, o STOXX 600, principal índice da Europa, recuava 4,2%, chegando ao menor nível em 16 meses. Investidores receiam que a postura agressiva de Trump impeça qualquer avanço nas negociações com a China.

Ásia tem dia de colapso e petróleo registra mínimas em 3 anos

Na Ásia, o índice Hang Seng de Hong Kong desabou 13,22%, marcando sua maior queda diária desde 1997. Ações de empresas de tecnologia, energia e bancos foram duramente afetadas. Já o índice CSI300, da China continental, caiu 7,05%, mesmo com tentativas de intervenção estatal para estabilizar o mercado.

O mercado de petróleo também foi afetado. Os preços do Brent e do WTI recuaram mais de 2,6%, atingindo os menores níveis desde abril de 2021. O temor de uma recessão global pode reduzir significativamente a demanda por combustíveis, pressionando ainda mais o setor.

Criptomoedas também derretem com instabilidade mundial

A crise também se refletiu nas criptomoedas. O Bitcoin caiu mais de 7%, voltando ao patamar de US$ 76.712, abaixo dos US$ 80 mil registrados após a eleição de Trump. Outros ativos digitais, como Ethereum e Solana, registraram perdas próximas de 10%, enquanto a Ripple recuava quase 7%.

Diante de um cenário incerto, investidores seguem cautelosos, monitorando os próximos passos de Washington e Pequim em meio à intensificação da guerra comercial que já afeta a economia real em escala global.

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