Entenda como impostos, dólar e políticas públicas afetam diretamente o bolso do consumidor brasileiro

O preço da gasolina no Brasil continua sendo um dos temas mais debatidos no dia a dia dos brasileiros. Embora o país tenha produção própria de petróleo, abastecer o carro virou sinônimo de dor no bolso. A pergunta que muitos se fazem é simples: por que pagamos tanto?

A resposta envolve uma soma de fatores econômicos e decisões políticas. É preciso compreender cada um deles para entender como o valor final é definido.

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A política da Petrobras e o impacto direto do dólar

Desde 2016, a Petrobras adota a política de paridade de importação (PPI). Isso significa que o preço da gasolina é ajustado com base no valor internacional do barril de petróleo e na cotação do dólar. Mesmo com produção nacional, a estatal considera o quanto custaria importar o combustível.

Com isso, toda vez que o dólar sobe ou o petróleo se valoriza no mercado internacional, o preço da gasolina aumenta. O problema é que o salário do brasileiro não acompanha essas variações, o que torna o combustível cada vez mais inacessível para grande parte da população.

Impostos representam quase metade do valor da gasolina

Outro fator decisivo está na carga tributária. De acordo com dados da própria Petrobras, os impostos respondem por cerca de 40% do preço final da gasolina. O ICMS, imposto estadual, pode ultrapassar 30%, dependendo da região. Já os tributos federais, como PIS e Cofins, também têm peso considerável.

Além dos tributos, há custos com distribuição e revenda. A gasolina passa por uma longa cadeia logística até chegar ao consumidor final, o que encarece ainda mais o produto.

Falta de investimento em refinarias aumenta a dependência externa

Apesar de o Brasil ser um grande produtor de petróleo, ele depende da importação de combustíveis refinados. Isso ocorre porque boa parte das refinarias brasileiras estão operando abaixo da capacidade ou foram desativadas ou vendidas nos últimos anos.

Essa dependência torna o país ainda mais vulnerável às oscilações do mercado externo. Enquanto isso não mudar, a política de preços continuará pressionando o bolso do consumidor.

Possíveis soluções esbarram em decisões políticas

Segundo especialistas, existem caminhos possíveis para reduzir o preço da gasolina, como a revisão da política de paridade, redução de impostos ou até subsídios temporários. No entanto, todas essas soluções dependem de vontade política e de articulação entre governos federal e estaduais.

Enquanto essas mudanças não ocorrem, o consumidor continuará pagando caro para se locomover — e o Brasil seguirá enfrentando uma das gasolinas mais caras do mundo em relação ao poder de compra da população.

Fontes:

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