Taxa de 7,9% divulgada pelo IBGE desconsidera desalentados, informais e beneficiários de programas sociais, distorcendo o cenário real do desemprego no país

Indicadores oficiais não refletem o desemprego estrutural

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que a taxa de desemprego no Brasil foi de 7,9% no primeiro trimestre de 2025, representando um aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Apesar disso, o número de desocupados alcançou 8,6 milhões de pessoas, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).

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Entretanto, especialistas alertam que esses números não capturam a totalidade da situação do mercado de trabalho. A estatística oficial exclui 3,6 milhões de desalentados — indivíduos que desistiram de procurar emprego — e 38,9 milhões de trabalhadores informais, que representam 38,9% da população ocupada.

Regiões Norte e Nordeste enfrentam maiores desafios

O impacto do desemprego é mais acentuado nas regiões Norte e Nordeste. Estados como Bahia e Pernambuco registraram taxas de desocupação de 10,8%, enquanto Mato Grosso apresentou uma taxa significativamente menor de 2,6%.

Além disso, a informalidade atinge níveis alarmantes em estados como o Pará, onde 58,1% da população ocupada trabalha sem carteira assinada, e o Piauí, com 56,6%. Esses dados indicam que, em algumas regiões, a maioria dos trabalhadores está inserida na informalidade, sem acesso a direitos trabalhistas básicos.

Rendimento médio aumenta, mas não compensa precarização

O rendimento médio dos trabalhadores ocupados chegou a R$ 3.123, com alta de 1,5% no trimestre e de 4,0% na comparação anual. No entanto, esse aumento não reflete melhorias significativas nas condições de trabalho, especialmente para os informais, que frequentemente enfrentam instabilidade e ausência de benefícios sociais.

A massa de rendimentos dos trabalhadores permaneceu estável em relação ao trimestre anterior, indicando que o aumento do rendimento médio não foi suficiente para impulsionar a economia de maneira significativa.

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