Cidade destaca envelhecimento da população e aponta desafios para as próximas décadas
Juiz de Fora abriga atualmente 720 moradores com 95 anos ou mais, conforme dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados pelo IBGE. Este número revela um fenômeno crescente: o envelhecimento acelerado da população. Das 720 pessoas nesta faixa etária, 548 são mulheres, enquanto 172 são homens, refletindo a tendência nacional de maior longevidade feminina.
Mulheres vivem mais e representam mais de 75% dos idosos com 95 anos ou mais
Entre 95 e 99 anos, Juiz de Fora conta com 475 mulheres e 152 homens. Já no grupo dos centenários, são 73 mulheres contra 20 homens. A diferença evidencia fatores como maior cuidado com a saúde e condições biológicas que favorecem as mulheres na disputa contra o tempo.
População idosa já ultrapassa 20% dos moradores de Juiz de Fora
O município possui 109.366 pessoas com 60 anos ou mais, representando aproximadamente 20% da população total, que era de 540.756 habitantes em 2022. Esse dado coloca Juiz de Fora entre as cidades brasileiras com um dos perfis demográficos mais envelhecidos, exigindo novas abordagens nas políticas públicas.
Longevidade desafia infraestrutura e serviços de saúde
Com o aumento constante da população idosa, surgem desafios complexos. A necessidade de ampliar a rede de atendimento geriátrico, adaptar espaços urbanos para acessibilidade e investir em programas de qualidade de vida são pautas urgentes.
Além disso, a presença significativa de idosos com mais de 95 anos exige políticas específicas, como atenção redobrada à saúde preventiva, combate à solidão e incentivo à autonomia.
Juiz de Fora segue tendência mundial de envelhecimento populacional
O fenômeno observado em Juiz de Fora acompanha uma tendência global. Países desenvolvidos já enfrentam há anos os desafios de uma sociedade mais velha, e o Brasil caminha rapidamente para essa realidade. Com avanços na medicina e melhorias nas condições de vida, viver além dos 90 anos está se tornando cada vez mais comum.
Entretanto, especialistas alertam que o envelhecimento populacional não se resolve apenas com aumento na expectativa de vida. É fundamental garantir que os anos a mais sejam vividos com qualidade e dignidade.