Autoridades reforçam importância da vacinação de animais para evitar novos casos da doença

Casos ocorreram na zona urbana e foram confirmados por exames em BH

Três bovinos morreram com diagnóstico confirmado de raiva entre o fim de maio e o início de junho, em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Os casos ocorreram em áreas urbanas da cidade e foram confirmados por exames realizados no Laboratório de Saúde Animal, em Belo Horizonte.

Segundo o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), a doença foi transmitida por morcegos hematófagos, conhecidos popularmente como morcegos-vampiros. Técnicos do órgão identificaram uma colônia de fêmeas da espécie abrigada em uma lareira próxima ao local onde os animais estavam.

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Morcegos-vampiros são vetores do vírus da raiva

Durante o mês de julho, os fiscais capturaram 14 morcegos na região e aplicaram neles uma pasta vampiricida para conter a proliferação. A saliva desses morcegos é o principal meio de transmissão do vírus da raiva, especialmente para animais de grande porte que não tenham sido vacinados, como bois e cavalos.

Por segurança, a localização exata dos casos não foi divulgada. Em nota, a Prefeitura informou que vacinou cães e gatos num raio de 500 metros, monitorou pessoas que tiveram contato com os bovinos e orientou os moradores da região.

Animais não vacinados estão em risco, alerta o IMA

Um dos bezerros mortos estava sob os cuidados do caseiro Edson Luiz Ribeiro, que notou o comportamento estranho do animal. O bezerro não se alimentava, não mamava e morreu em apenas quatro dias. Ele não havia sido vacinado. Após o episódio, o próprio caseiro e os outros animais do local foram imunizados.

Em uma propriedade vizinha, outros três bovinos também apresentaram sintomas da doença. Em dois deles, o diagnóstico de raiva foi confirmado.

Apesar da gravidade dos casos, o IMA descartou a existência de surto. Segundo o fiscal Luciano Puga, episódios esporádicos de raiva são comuns na região da Zona da Mata, devido à presença dos morcegos-vampiros e à circulação do vírus. Por isso, a vacinação preventiva e o controle da população desses morcegos continuam sendo fundamentais.

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