Juiz de Fora

Operação contra milícia no RJ tem reflexos em Juiz de Fora

Cumprimento de mandados de bu e apreensão são cumpridos em JF e outras cidades mineiras

Operação contra milícia no RJ tem reflexos em Juiz de Fora
Operação da PMERJ. Foto ilustrativa: Google/Reprodução

Em uma ofensiva contra a maior milícia do estado do Rio de Janeiro, comandada por Luiz Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, a Polícia Civil efetuou na quinta-feira (1º) a prisão de um dos supostos responsáveis pela lavagem de dinheiro do grupo. A ação, batizada de Operação Contaminação, teve como alvo Cleber Oliveira da Silva, apelidado de Clebinho, que foi detido no conforto de sua residência em um condomínio de alto padrão na Barra da Tijuca.

Clebinho, segundo investigações da Delegacia Especializada em Combate ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro, atua no núcleo de lavagem de dinheiro da milícia desde que o grupo paramilitar era denominado Liga da Justiça. Ele havia sido preso anteriormente em 2017, retornando às atividades ilícitas após sua libertação.

Durante a operação na casa de Clebinho, agentes da Polícia Civil apreenderam dois fuzis, diversas munições e jóias. Além disso, um ex-policial militar, que havia sido expulso da corporação, foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Um mototaxista que, supostamente, monitorava e alertava os milicianos sobre os movimentos da polícia, foi encaminhado para a Cidade da Polícia.

Segundo informações da delegacia especializada, Clebinho detém a posse de postos de gasolina e lojas de conveniência, usados como fachada para dar aparência legal ao dinheiro ilícito proveniente de taxas de segurança, agiotagem, extorsões, comércio ilegal de combustíveis, tráfico de armas e exploração de transporte alternativo e de máquinas caça-níqueis. A esposa de Clebinho também é investigada por envolvimento no esquema.

A Operação Contaminação se estendeu além da capital fluminense, com a execução de 42 mandados de busca e apreensão em diferentes endereços no estado do Rio de Janeiro e em Minas Gerais, incluindo Armação dos Búzios e Juiz de Fora. A Justiça ordenou ainda o bloqueio de contas bancárias, o sequestro de bens e o arresto de valores até R$ 93 milhões, além da quebra de sigilos fiscal e bancário.

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