Crime ocorreu em Itaúna e foi filmado; vítima enfrenta dependência química e tem diagnóstico de esquizofrenia

A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito e indiciou José Maria Vilaça, de 44 anos, pelos crimes de racismo e tortura, depois de pagar R$ 10 para ser agredido com um cinto por Djalma Rosa da Costa, de 45 anos, em frente a um bar em Itaúna, no Centro-Oeste mineiro. O episódio, registrado em vídeo no dia 10 de novembro, gerou indignação e repercussão nacional.

José Maria foi preso no dia 21 de novembro e permanece no Presídio de Itaúna. O homem que gravou as imagens, de 32 anos, também foi indiciado pelos mesmos crimes, mas responde ao processo em liberdade.

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De acordo com o delegado Flávio Tadeu Destro, chefe do 7º Departamento de Polícia Civil, o caso demonstra extrema crueldade. “A gravação expõe uma violência gratuita, tanto física quanto psicológica, contra uma pessoa em condição de alta vulnerabilidade”, afirmou.

Vítima vulnerável

A vítima, identificada como Djalma Rosa da Costa, tem diagnóstico de esquizofrenia e é acompanhada pelo Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Itaúna desde 1995. Apesar de inicialmente identificado como uma pessoa em situação de rua, a prefeitura informou que Djalma possui residência e familiares e recebe tratamento regular para dependência química.

Rosiane Cunha, advogada da família, afirmou que buscará justiça. “Não podemos permitir que tamanha crueldade fique impune. É preciso responsabilizar os envolvidos”.

Defesa do agressor

Em entrevista à imprensa, José Maria alegou que o ato foi consensual e que ambos haviam consumido drogas no dia do ocorrido. “Foi uma brincadeira. O problema foi o vídeo viralizar. Peço desculpas a todos”, declarou.

Repercussão e análise jurídica

O advogado Maciel Lúcio, da Comissão de Igualdade e Direitos Humanos da OAB em Divinópolis, destacou a gravidade do caso. “Situações como essa são um retrocesso. Precisamos educar a sociedade para que crimes de ódio e preconceito sejam extirpados”.

O inquérito foi encaminhado à Justiça, e os envolvidos podem ser condenados a penas de até 15 anos de reclusão. O episódio reforça a necessidade de reflexão sobre racismo estrutural e respeito à dignidade humana.

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