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Vinho mais antigo do mundo tem 1.700 anos e ainda pode ser consumido

Porém, mesmo que o vinho tenha conseguido resistir ao teste do tempo, os especialistas acreditam que o líquido pode ter se transformado em suco de uva

Vinho mais antigo do mundo tem 1.700 e ainda pode ser consumido
O vinho de quase 1.700 fica exposto no Museu Histórico do Palatinado, em Speyer, na Alemanha. Foto: Wikimedia / Carole Raddato / Creative Commons

Em meio a relíquias e vestígios de civilizações passadas, no Museu Histórico do Palatinado em Speyer, Alemanha, repousa uma preciosidade imortalizada pelo tempo. Trata-se de uma garrafa de vinho, data de 325 d.C., a mais antiga do mundo. Embora seja uma bebida milenar, especialistas afirmam que a condição do vinho permite que ele ainda seja consumido.

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A garrafa de vinho foi descoberta em 1867, resgatada do esquecimento pelos arqueólogos que exploravam uma tumba romana na região. Entre as 16 garrafas encontradas, esta se destacou como a única que manteve o líquido intacto, graças a métodos de preservação que desafiaram o tempo.

A nível microbiológico, é provável que não esteja estragado, mas o seu sabor pode não ser agradável ao paladar“, expressou Monika Christmann, especialista em vinhos, em entrevista ao site Futurism.

O vinho, que sobreviveu por quase dois milênios, deve sua longevidade a dois fatores principais. Primeiramente, uma densa camada de azeite foi adicionada à bebida, uma prática comum na antiguidade para proteger o vinho do contato com o ar. Além disso, a garrafa foi selada com cera, em vez da tradicional rolha de cortiça, que teria apodrecido ao longo dos séculos.

Juntas, essas duas estratégias de preservação criaram um selo tão eficaz que permitiu que este ‘vinho romano’ alcançasse os dias atuais, como descrito pelo site do Museu Digital da Alemanha.

No entanto, mesmo que o vinho tenha conseguido resistir ao teste do tempo, os especialistas acreditam que o líquido pode ter se transformado em suco de uva. Acreditam que, apesar da proteção proporcionada pela camada de azeite, o álcool não resistiria à evaporação ao longo de tantos séculos.

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