Conflito em Homs intensifica guerra civil; Rússia pede saída de cidadãos do país

A escalada da guerra civil na Síria ganhou novos contornos nesta sexta-feira (6), com avanços significativos dos rebeldes em direção a Homs, a quarta maior cidade do país. O grupo Hezbollah confirmou o envio de um contingente limitado de combatentes para reforçar as tropas do presidente Bashar al-Assad, enquanto tiros foram relatados nas proximidades do palácio presidencial em Damasco. Paralelamente, a Rússia recomendou que seus cidadãos deixem o país devido ao agravamento da situação.

Os rebeldes, liderados pelo grupo islamista Hayat Tahrir al-Sham (HTS), conquistaram a estratégica cidade de Hama na quinta-feira (5), abrindo caminho para novas ofensivas em direção ao sul. Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), as forças rebeldes já alcançaram localidades na província de Homs, posicionando-se a apenas cinco quilômetros da capital da região.

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A guerra civil síria, iniciada em 2011 durante a onda de protestos da Primavera Árabe, reacendeu com força na última semana após uma série de ofensivas-relâmpago dos insurgentes. Aleppo, a segunda maior cidade do país, e Hama, que conecta regiões estratégicas, caíram sob controle rebelde, evidenciando a perda de terreno do governo de Assad.

Apesar do apoio militar de aliados como Rússia e Irã, o regime enfrenta derrotas sucessivas. O presidente sírio afirmou que recorrerá à força para eliminar o que chamou de “terrorismo”, mas suas tropas vêm sendo obrigadas a recuar para áreas próximas a Damasco.

O Hezbollah, sediado no Líbano e tradicionalmente envolvido em conflitos contra Israel, confirmou o envio de forças de elite para auxiliar no combate aos rebeldes. O grupo tenta, ao lado do exército sírio, conter o avanço do HTS, cujo líder, Abu Mohamed al-Jolani, declarou em entrevista que o objetivo final é a derrubada do governo Assad.

O conflito tem gerado preocupação internacional, especialmente entre aliados do regime sírio. Moscou reforçou o alerta para que seus cidadãos deixem a Síria, enquanto vozes críticas ressaltam a dificuldade em alcançar uma solução diplomática para um conflito que já ultrapassa 13 anos.

Enquanto isso, o futuro do país permanece incerto, marcado por confrontos intensos e pelo sofrimento da população civil, afetada por deslocamentos forçados, perdas e a falta de infraestrutura em meio a um cenário devastador.

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