Hugo Motta reconhece gravidade dos atos, mas descarta articulação política e não garante votação de anistia

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta sexta-feira (7) que os atos de vandalismo de 8 de janeiro de 2023 não configuraram uma tentativa de golpe de Estado. Segundo ele, não houve articulação política suficiente para que os eventos fossem considerados um golpe.

“Foi uma agressão às instituições, algo grave que não pode se repetir. Mas golpe exige liderança e apoio institucional, o que não aconteceu”, disse Motta em entrevista à rádio Arapuan, de João Pessoa (PB).

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A declaração ocorre em meio à pressão de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que a Câmara analise um projeto de anistia aos envolvidos. A proposta visa perdoar participantes de manifestações políticas, exceto os responsáveis por depredação de patrimônio público.

Motta não se comprometeu em colocar o projeto em votação. Segundo ele, a decisão será tomada em conjunto com os líderes partidários. “Não posso garantir a votação para a próxima semana. Vamos avaliar o tema coletivamente”, explicou.

Revisão da Lei da Ficha Limpa em pauta

Hugo Motta também comentou a proposta de reduzir o período de inelegibilidade previsto na Lei da Ficha Limpa, de oito para dois anos. A mudança pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente inelegível até 2030 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

O presidente da Câmara destacou que o tema será tratado como qualquer outro projeto e reforçou que a decisão será coletiva. “Cabe aos defensores da proposta apresentar seus argumentos”, concluiu.

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