Cardeal irlandês Kevin Farrell será o responsável por conduzir os assuntos administrativos da Igreja até a escolha de um novo pontífice

Liderança temporária com poderes limitados

Após a morte do papa Francisco, a Igreja Católica entra em um período conhecido como “Sé Vacante”. Durante esse intervalo, o comando temporário do Vaticano fica nas mãos do cardeal camerlengo, função atualmente exercida por Kevin Farrell, de 77 anos. De origem irlandesa, Farrell foi nomeado para o cargo em 2019 e agora é responsável por manter a administração em funcionamento até a escolha do novo papa.

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Embora atue como uma espécie de líder interino, o camerlengo não tem autoridade para tomar decisões que ultrapassem os limites da vacância do trono papal. Ou seja, ele não pode nomear novos cardeais nem alterar normas estabelecidas pelo pontífice anterior.

Funções do camerlengo durante a Sé Vacante

Com a morte do papa, todos os cargos da Cúria Romana ficam vagos. Apenas o camerlengo permanece, assumindo as funções administrativas essenciais. Cabe a ele a confirmação oficial do falecimento do pontífice, além da responsabilidade por organizar os rituais fúnebres e a convocação do conclave.

A tradição exige que o sepultamento aconteça entre o quarto e o sexto dia após a morte, e que os nove dias de luto oficial sejam realizados. Também compete ao camerlengo a definição da data de início do conclave, que deve ocorrer entre 15 e 20 dias depois da morte do papa.

Símbolos e tradição preservados no Vaticano

Historicamente, o camerlengo representava a autoridade máxima durante o período de transição. No passado, usava-se até um pequeno martelo de prata para confirmar a morte do papa, prática que foi abandonada, mas que ilustra o simbolismo do cargo.

Durante a vacância, o camerlengo assume, de maneira simbólica, as propriedades papais, como o Palácio Apostólico, o Palácio de Latrão e a residência de Castel Gandolfo.

O cardeal Farrell conduzirá também as chamadas “Congregações Gerais”, encontros com outros cardeais nos quais são tomadas decisões práticas, como o local e horário da exposição do corpo do papa falecido e a programação das cerimônias.

Francisco, antes de morrer, expressou o desejo de ser enterrado fora do Vaticano, na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma — exceção à tradição que costuma utilizar a Basílica de São Pedro.

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