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Justiça censura Léo Lins por piadas supostamente ‘ofensivas’ e determina remoção de vídeos no YouTube

Humorista é proibido de mencionar grupos minoritários em futuras piadas e deve comparecer mensalmente em juízo

O humorista Léo Lins se envolveu em um novo episódio controverso na última terça-feira (16/5), quando o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu que ele deverá apagar um de seus vídeos cômicos do YouTube devido ao conteúdo spostamente ‘discriminatório’.

A juíza Gina Fonseca Correa determinou que o vídeo, que acumula mais de 3 milhões de acessos, reproduz discursos e posicionamentos atualmente repudiados, como piadas relacionadas à escravidão, perseguição religiosa e outras formas de discriminação. A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público de São Paulo.

Além da remoção do vídeo, a magistrada proibiu Leo Lins de transmitir, publicar ou manter em dispositivos específicos arquivos que contenham “conteúdo depreciativo ou humilhante em razão de raça, cor, etnia, religião, cultura, origem, procedência nacional ou regional, orientação sexual ou de gênero, condição de pessoa com deficiência ou idosa, crianças, adolescentes, mulheres, ou qualquer categoria considerada como minoria ou vulnerável”.

Dessa forma, o humorista teve que retirar de seu canal no YouTube qualquer vídeo que mencione grupos minoritários e está proibido de fazê-lo em piadas futuras. Adicionalmente, a juíza também determinou que Leo Lins não pode deixar São Paulo por mais de dez dias sem autorização judicial.

A decisão impõe ainda a obrigatoriedade de comparecimento mensal do humorista em juízo, a fim de justificar todas as suas atividades. Em caso de descumprimento, Léo Lins será sujeito ao pagamento de multa diária no valor de R$ 10 mil.

Os advogados de Léo Lins planejam recorrer da decisão, alegando que se configura como censura prévia, o que é proibido pela Constituição. “Entendemos que isso configura censura prévia, o que é proibido pela Constituição”, afirmou a defesa do comediante.

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