Estatal busca economizar R$ 1,5 bilhão em 2025 após prejuízo recorde de R$ 2,6 bilhões no ano anterior

Crise financeira leva Correios a reduzir jornada e salários

Diante de um déficit histórico de R$ 2,6 bilhões em 2024, os Correios anunciaram um plano drástico para tentar equilibrar as contas. A proposta prevê a redução da jornada de trabalho, o fim do regime remoto e a suspensão das férias. Com isso, a estatal espera economizar até R$ 1,5 bilhão em 2025.

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Segundo a empresa, a queda nas receitas com encomendas internacionais, aliada ao aumento das despesas operacionais — que saltaram de R$ 15,2 bilhões para R$ 15,9 bilhões — agravou a crise. Só os gastos com pessoal subiram R$ 700 milhões em um ano.

Funcionários terão rotina alterada e salários reduzidos

As novas medidas afetam diretamente os cerca de 86 mil empregados. A jornada cairá de 44 para 34 horas semanais, com impacto proporcional nos salários. Férias adquiridas em 2024 serão suspensas a partir de junho de 2025, com retorno previsto apenas em janeiro de 2026.

Além disso, os funcionários serão convocados de volta ao trabalho presencial a partir de 23 de junho, com exceção daqueles amparados por decisões judiciais. O plano também prorroga o Programa de Desligamento Voluntário (PDV) até 18 de maio de 2025.

Gastos crescem, caixa encolhe e atrasos se acumulam

Enquanto isso, a liquidez da estatal despenca. Em um ano, a empresa gastou R$ 2,9 bilhões do que tinha em caixa e aplicações financeiras. Hoje, restam apenas R$ 249 milhões. Esse esvaziamento gerou atrasos em repasses a agências franqueadas e a transportadoras parceiras, o que já compromete a entrega de encomendas em todo o país.

Em meio à crise, os Correios ainda pretendem lançar um marketplace próprio, captar R$ 3,8 bilhões com o New Development Bank e manter investimentos em sustentabilidade, com aquisição de veículos elétricos e ampliação de soluções tecnológicas.

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