A origem da data está cercada de mistérios e tradições ao redor do mundo
Uma tradição secular com diversas origens
O Dia da Mentira, comemorado em 1º de abril, é marcado por brincadeiras e pegadinhas em diversas partes do mundo. Embora sua origem exata seja incerta, historiadores apontam para diferentes teorias que podem explicar como essa tradição surgiu.
Uma das versões mais aceitas remonta ao século XVI, na França, quando o rei Carlos IX decidiu adotar o Calendário Gregoriano em 1582. Antes disso, o Ano-Novo era celebrado entre 25 de março e 1º de abril. Com a mudança, a festividade passou a ser no dia 1º de janeiro. No entanto, muitas pessoas resistiram à nova data e continuaram a celebrar no antigo período, tornando-se alvo de piadas e brincadeiras por parte dos que aceitaram a reforma do calendário.
Pegadinhas se espalharam pelo mundo
Com o tempo, o hábito de enganar amigos e familiares se espalhou por outros países e ganhou diferentes interpretações culturais. Na Inglaterra, o costume se popularizou como “April Fools’ Day”, enquanto na Escócia o dia era chamado de “Huntigowk Day” e envolvia trotes elaborados.
No Brasil, a primeira referência ao 1º de abril como Dia da Mentira data de 1828, com a circulação de um jornal humorístico chamado A Mentira, que publicou a falsa notícia da morte de Dom Pedro I, desmentida no dia seguinte.
O impacto das fake news na era digital
Se antes as mentiras do 1º de abril eram apenas brincadeiras inofensivas, atualmente, com a disseminação de fake news, elas podem gerar desinformação e confusão. Especialistas alertam para a importância da verificação dos fatos antes de compartilhar qualquer notícia, especialmente em tempos de redes sociais.
Apesar das mudanças, o 1º de abril segue como uma data de leveza e bom humor, lembrando a todos da importância de saber rir de si mesmo e não acreditar em tudo que se lê por aí.
Fontes: Enciclopédia Britânica; National Geographic; Arquivos Históricos da Biblioteca Nacional