Religioso católico se torna centro de polêmica que une católicos e evangélicos em defesa de discurso conservador

Nos últimos dias, frei Gilson tornou-se o epicentro de um embate acirrado entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e do atual governo. O frade católico passou a ser alvo de críticas nas redes sociais, com militantes governistas acusando-o de promover a extrema direita, enquanto aliados do ex-presidente o defendem, classificando os ataques como uma perseguição anticristã.

A polêmica teve início após a divulgação de trechos de pregações do religioso, nos quais ele adota um discurso conservador alinhado às pautas defendidas por parte do eleitorado bolsonarista. A discussão ganhou força quando um grupo ligado à militância petista emitiu um “alerta geral”, acusando frei Gilson de influenciar fiéis em favor do ex-presidente. O próprio Bolsonaro reagiu, afirmando que o frade é “um fenômeno em oração” e que está sendo atacado por sua fé.

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Unidade entre católicos e evangélicos fortalece discurso conservador

Especialistas avaliam que a adesão de evangélicos à defesa do frade não se deve à sua figura, mas às ideias que ele representa. O cientista político Vinicius do Valle destaca que os valores pregados por Gilson encontram ressonância entre cristãos conservadores, que compartilham opiniões semelhantes sobre moralidade, papel da mulher e outras questões sociais.

O nome de frei Gilson também surgiu em uma investigação da Polícia Federal sobre uma tentativa de golpe de Estado. Embora não tenha envolvimento direto, ele recebeu um rascunho de oração com pedidos para que generais tivessem “coragem para salvar o Brasil”. Isso ampliou ainda mais o debate sobre sua atuação política.

Parlamentares também se posicionaram sobre o caso. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) saiu em defesa do frade, enquanto o deputado André Janones (Avante-MG) criticou a estratégia da militância governista, alertando para possíveis impactos negativos entre o eleitorado religioso. Já o senador Magno Malta (PL-ES) classificou os ataques como uma tentativa de destruir valores cristãos.

Com a repercussão crescente, a discussão sobre a influência religiosa na política brasileira ganha novos contornos, reforçando a polarização entre direita e esquerda no país.

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