Ministro critica múltiplas versões e mantém possibilidade de revisão do acordo no futuro

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), levantou sérias dúvidas sobre a confiabilidade das delações feitas por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Apesar de votar a favor da manutenção do acordo de colaboração, Fux deixou claro que a decisão não é definitiva e poderá ser reavaliada.

Múltiplas versões geram desconfiança

Segundo o ministro, a quantidade de versões apresentadas por Cid compromete a credibilidade dos depoimentos. “Vejo com muita reserva nove colaborações de um mesmo colaborador, a cada hora acrescentando uma novidade”, afirmou Fux, destacando que a conduta do delator não demonstra boa-fé.

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Cid firmou acordo com a Polícia Federal em setembro de 2023, mas foi chamado para prestar novos esclarecimentos após contradições nos depoimentos. Mesmo diante das inconsistências, o ministro Alexandre de Moraes decidiu manter a validade da colaboração.

Cármen Lúcia cautelosa

A ministra Cármen Lúcia também manifestou cautela. Embora não tenha visto motivos suficientes para anular o acordo agora, ela destacou que a situação pode ser revista se as dúvidas se intensificarem.

O STF analisa a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Cid, Bolsonaro e outros sete investigados por uma suposta tentativa de golpe de Estado. Se a denúncia for aceita, o processo seguirá para a fase de instrução penal, com oitiva de testemunhas e coleta de novas provas

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