Pacote de obras aprovado pela Câmara levanta suspeitas de uso político em ano pré-eleitoral

A Câmara Municipal de Juiz de Fora aprovou, nesta semana, o pedido da Prefeitura para contratar um empréstimo de R$ 660 milhões junto ao BNDES. O valor será usado em obras como a revitalização do Centro Histórico, construção de ciclovias, estações de tratamento de água e informatização dos sistemas públicos.

O financiamento será feito pelas linhas BNDES Finem e Fundo Clima, com juros de até 90% da taxa Selic e prazo de 25 anos para pagamento, com cinco anos de carência. Apesar da alegação de que os projetos visam unir sustentabilidade à inovação, o montante elevado e o momento da aprovação geraram críticas e desconfiança sobre os verdadeiros objetivos da medida.

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Obras milionárias em ano pré-eleitoral despertam críticas sobre intenção política

Entre os principais investimentos estão: R$ 220 milhões para o Centro Histórico, R$ 150 milhões para ciclovias e margens do Rio Paraibuna, R$ 160 milhões para uma nova adutora, R$ 50 milhões para uma usina de resíduos, além de outros R$ 60 milhões para informatização da Prefeitura.

O pacote foi enviado aos vereadores no fim de fevereiro e aprovado no fim de março. O Executivo ainda pode suspender o pedido, caso receba verbas federais via PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), segundo o secretário de Governo, Ronaldo Pinto Júnior.

Mesmo assim, o avanço do projeto sem ampla discussão popular levanta suspeitas. Críticos apontam uso da máquina pública para fortalecer a imagem da gestão atual em um ano pré-eleitoral. O temor é que o município assuma uma dívida de longo prazo, com impacto direto nas futuras administrações.

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