Cidade alcança 58º lugar no país e em Minas; avanço geral convive com sinais amarelos na qualidade do atendimento

Juiz de Fora subiu 70 posições em relação a 2024 no Ranking de Competitividade dos Municípios e agora ocupa o 58º lugar no país e o entre os mineiros. O estudo, elaborado pelo CLP, avalia 418 cidades com mais de 80 mil habitantes e considera 65 indicadores distribuídos em 13 pilares e três dimensões: instituições, sociedade e economia. O avanço mostra ganho relativo frente a outros municípios e maior capacidade de atrair investimentos e promover serviços públicos eficientes.

Ao mesmo tempo, os dados de saúde pedem cautela. O ranking registrou melhora do acesso aos serviços (posição 25º), mas queda na qualidade do atendimento (posição 254º). Em termos práticos, o cidadão percebe portas mais abertas, porém ainda enfrenta desafios na entrega final do cuidado.

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Saúde: acesso melhora, qualidade perde posições e obesidade infantil cresce

No item acesso, pesam métricas como cobertura da atenção primária e vacinação, que cresceram em 2024. Já saúde suplementar e pré-natal recuaram, o que ajuda a explicar por que, apesar do bom lugar, ainda há espaço para ajustes finos na rede básica e na integração com o setor privado.

No critério qualidade, o ranking observa mortalidade materna, mortalidade infantil, desnutrição e causas evitáveis. Esses indicadores mostraram queda recente, mas o conjunto não evitou a perda de posições; um alerta adicional veio do aumento da obesidade infantil. Em resumo, a cidade facilita a entrada do paciente, porém precisa melhorar desfechos clínicos e prevenção.

O que dizem a UFJF e a Prefeitura

Para a cientista política Christiane Jalles (Departamento de Ciências Sociais, UFJF), o resultado exige monitoramento constante: o poder público deve aproveitar o ganho em acesso e focar na qualidade para consolidar melhorias. A leitura do ranking, diz ela, funciona como painel de bordo para orientar prioridades e corrigir rotas.

Em nota, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) afirmou que acompanha diferentes índices de eficiência e os usa para planejar ou revisar ações sob responsabilidade do município. A gestão avalia os achados do estudo para calibrar políticas de atenção primária, prevenção e linhas de cuidado.

Para que serve o ranking no dia a dia do cidadão

Segundo os organizadores, o levantamento ajuda gestores a direcionar recursos e permite que investidores entendam o potencial local. Para o morador, a utilidade aparece quando metas se traduzem em mais consultas, fila menor, vacinação em dia e melhores desfechos. Assim, o avanço geral da cidade pode virar qualidade percebida, desde que a agenda da saúde mantenha foco em resultados.

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