Juiz de Fora

Deputado do Rio de Janeiro é detido pela PMMG em Juiz de Fora após fuga e desacato

O político e três outros indivíduos foram acusados de desrespeitar uma ordem de parada policial, gerando uma situação de risco no trânsito

Deputado Estadual do Rio de Janeiro Júlio Rocha (Agir). Foto: Alerj/Reprodução

Na madrugada do último domingo, 28, o deputado estadual do Rio de Janeiro, Júlio Rocha, do partido Agir, encontrou-se no epicentro de uma polêmica após alegações de desacato a uma ordem policial em Juiz de Fora. A Polícia Militar afirmou que Rocha, de 39 anos, e mais três pessoas, que haviam acabado de sair de uma festa local, desobedeceram uma ordem de parada e avançaram na direção contrária ao tráfego. A acusação foi veementemente negada pelo deputado.

Rocha, em sua defesa, declarou que a alegada blitz policial era, na realidade, apenas um posicionamento de viaturas em uma rotatória. O político assegurou que não houve qualquer ordem de parada direcionada ao veículo em que se encontrava. O ocorrido se deu nas proximidades do Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, onde a Festa Country estava sendo realizada.

De acordo com a Polícia Militar, os agentes estavam operando nas ruas José Apolônio dos Reis e Liduíno Vieira dos Reis quando se depararam com um veículo que apresentava sinais luminosos e sonoros semelhantes a um giroflex. O carro, segundo os relatos da polícia, tinha películas automotivas nos vidros e era ocupado por Rocha, um motorista de 28 anos, e outras duas mulheres, de 21 e 26 anos.

A polícia alega que deu uma ordem de parada ao veículo, que teria sido desobedecida pelo motorista, que supostamente aumentou a velocidade e entrou na contramão, colocando outros veículos e pedestres em risco. A polícia também relatou que durante a busca no veículo foram encontradas garrafas de bebidas alcoólicas e copos usados.

Por outro lado, Rocha declarou que o veículo em que estava havia parado próximo a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para pedir informações quando uma viatura da Polícia Militar se aproximou para abordá-los. O deputado acusou os agentes de agir de forma agressiva desde o início da abordagem, mesmo após ele se identificar como parlamentar. Ele afirma que, apesar de ter apresentado toda a documentação pessoal e do veículo, a situação permaneceu tensa e a ação policial se intensificou com a chegada de mais viaturas e agentes, totalizando aproximadamente 15 policiais.

A Polícia Militar, em nota oficial, afirmou que Rocha disse que o carro era alugado para uso oficial, mas não apresentou justificativa ao ser questionado sobre o uso do veículo para fins de lazer. O deputado, porém, reforça que mesmo se identificando como parlamentar, a abordagem agressiva continuou e um agente teria dito: “Tá pensando que aqui é a polícia do Rio?”

O parlamentar afirmou que toda a documentação de identificação pessoal e veicular foi apresentada, porém a revista foi feita de forma vexatória, com agentes apontando armas desarmadas para suas cabeças e chutando seus pés para abrir as pernas. “Parecia que a operação tinha um único objetivo, expor ao ridículo”, disse em nota.

O motorista, segundo a Polícia Militar, se recusou a fazer o teste do etilômetro. Ele foi autuado e enquadrado nas infrações de “desobediência à ordem de parada do agente, uso irregular de dispositivos luminosos/sonoros e da película, bem como na direção perigosa, configurada como crime de trânsito.”

A polícia afirmou que o motorista também recebeu voz de prisão por desobediência e foi levado à delegacia. Lá, ele assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência e foi liberado.

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