Ex-ministro afirma que saída é gesto de respeito ao governo e nega acusações feitas pela PGR

Pedido de demissão ocorre após denúncia da PGR

O ex-ministro das Comunicações, Juscelino Filho, oficializou na noite de terça-feira (8) o pedido de exoneração do cargo. Filiado ao União Brasil, ele entregou sua saída ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção passiva e outros crimes ligados ao desvio de emendas parlamentares.

Em nota à imprensa, Juscelino afirmou que tomou “uma das decisões mais difíceis da minha trajetória pública” e ressaltou que sua saída representa um gesto de respeito ao governo e ao povo brasileiro. O político maranhense declarou que deixa o ministério com “a cabeça erguida e o sentimento de dever cumprido”.

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Ex-ministro diz confiar no STF e nega crimes

Ao se defender das acusações de corrupção, o ex-ministro alegou que as denúncias são infundadas e reforçou sua confiança nas instituições do país. Ele destacou que acredita no papel do Supremo Tribunal Federal (STF) para esclarecer os fatos e afirmou que a justiça prevalecerá.

Juscelino também declarou: “Nunca tive apego ao cargo, mas sempre tive paixão pela possibilidade de transformar a vida das pessoas”, frisando seu compromisso com o serviço público, mesmo diante das investigações.

Saída foi calculada para evitar confronto com Lula

A decisão de Juscelino de deixar o ministério foi tomada após a denúncia formal da PGR, mas só foi oficializada quando Lula embarcou para Honduras. A medida buscou evitar constrangimentos ao presidente, que já havia afirmado que afastaria ministros denunciados.

Com a exoneração, Juscelino retorna à Câmara dos Deputados, reassumindo sua vaga pelo Maranhão. Ele havia se licenciado do mandato para comandar o Ministério das Comunicações, cargo que ocupava desde o início de 2023.

Obras investigadas envolvem cidade governada por sua irmã

As investigações da Polícia Federal apontam que Juscelino teria usado emendas parlamentares para custear obras de pavimentação em Vitorino Freire (MA), município administrado por sua irmã, Luanna Resende. Os crimes apurados incluem lavagem de dinheiro, organização criminosa e uso indevido de verbas públicas.

O caso será analisado pelo STF, já que Juscelino possui foro privilegiado. A apuração ainda está em andamento, e o ex-ministro segue afirmando inocência.

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