Decisão judicial transforma prisões temporárias em preventivas após denúncia do Ministério Público; caso envolve homicídio e múltiplas tentativas de assassinato
A Justiça de São Paulo converteu, nesta semana, as prisões temporárias de 20 torcedores da Mancha Alviverde, organizada do Palmeiras, em prisões preventivas, sem prazo definido para término. Os acusados são apontados como responsáveis por uma emboscada contra torcedores do Cruzeiro, ocorrida em outubro na Rodovia Fernão Dias, região metropolitana de São Paulo, que resultou em um morto e 15 feridos.
De acordo com o Ministério Público (MP), os denunciados respondem por crimes de homicídio, tentativa de homicídio e incêndio. O episódio teve como motivação um confronto anterior entre torcidas, ocorrido em 2022, em Minas Gerais. A investigação policial revelou que os acusados usaram paus, pedras, barras de ferro e rojões no ataque, além de incendiarem e depredarem ônibus.
Até o momento, 16 torcedores estão presos e outros quatro permanecem foragidos. Entre os detidos, destaca-se o ex-presidente da Mancha Alviverde, Jorge Luiz Sampaio Santos, que renunciou ao cargo antes de se entregar às autoridades. Outros nomes incluem Felipe Mattos dos Santos, ex-vice-presidente, e Luiz Ferretti Junior, advogado que recebeu autorização para prisão domiciliar.
A Promotoria também solicita que os acusados paguem uma indenização de R$ 10 milhões por danos materiais e morais, a ser destinada à família do torcedor falecido, aos sobreviventes e à Prefeitura de Mairiporã.
A próxima etapa do processo será a audiência de instrução, momento em que testemunhas de defesa e acusação serão ouvidas, assim como os interrogatórios dos réus. O objetivo é determinar se há provas suficientes para levar os acusados a júri popular.
O caso segue em andamento, e as autoridades continuam em busca dos torcedores foragidos.