Parlamentares criticam declaração do presidente e classificam falas como discriminatórias e desrespeitosas

Deputadas e senadoras repudiaram a recente declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a escolha de Gleisi Hoffmann para comandar a Secretaria de Relações Institucionais. Durante um evento no Palácio do Planalto, Lula afirmou que nomeou Gleisi por ela ser uma “mulher bonita” e que isso ajudaria na relação com o Congresso. A declaração gerou forte reação entre parlamentares, que consideraram o comentário machista e desrespeitoso.

A deputada Coronel Fernanda (PL-MT) afirmou que as mulheres devem ser reconhecidas por suas competências, não pela aparência. “Isso não foi um simples equívoco, foi machismo. Não podemos ser tratadas como objetos”, enfatizou. Ela também sugeriu a elaboração de um manifesto de repúdio contra a postura do presidente.

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A deputada Silvia Waiãpi (PL-AP) reforçou as críticas, alegando que Lula “despreza o valor das mulheres” e desconsidera suas competências profissionais. A senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) também se manifestou, classificando o episódio como um retrocesso. “Não é piada nem gafe, é um insulto. Reduz as mulheres a meros adereços, desqualificando nossa capacidade”, declarou.

Declaração de Lula gera debate sobre machismo na política

O comentário de Lula também repercutiu fora do Congresso, levantando debates sobre machismo na política. Para analistas, a fala do presidente reflete uma visão ultrapassada sobre a participação feminina em cargos públicos e reforça estereótipos prejudiciais.

A Secretaria de Relações Institucionais é responsável pela articulação entre Executivo e Legislativo. Antes de Gleisi, o cargo era ocupado por Alexandre Padilha, atual ministro da Saúde.

Durante o evento no Palácio do Planalto, Lula destacou a importância da aproximação entre governo e Congresso. “Por isso coloquei essa mulher bonita como ministra das Relações Institucionais, para não haver distância entre nós”, disse o presidente. A declaração, porém, gerou uma onda de críticas e reacendeu discussões sobre a necessidade de maior respeito às mulheres na política.

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