Câmeras flagraram o momento em que o condutor acelerou o veículo e passou por cima do animal, que não resistiu aos ferimentos
A Polícia Civil de Juiz de Fora concluiu a investigação sobre o atropelamento de um cachorro no Bairro Santa Cruz e indiciou um motorista de aplicativo, de 56 anos, pelo crime de maus-tratos a animais. O caso aconteceu em novembro do ano passado e gerou revolta entre os moradores da região.
Imagens de câmeras de segurança mostram o veículo descendo a Rua Homero Gonçalves em alta velocidade e atingindo o cachorro, que estava deitado na via. Segundo a polícia, o motorista já havia buscado um passageiro quando atropelou o animal. Testemunhas relataram que tentaram alertá-lo sobre a presença do cão, mas ele ignorou os avisos e não prestou socorro após o impacto.
Polícia conclui que atropelamento foi proposital
De acordo com o delegado Marcos Vignolo, responsável pelo Núcleo de Proteção aos Animais, a análise das imagens e os depoimentos colhidos indicam que o motorista poderia ter evitado o atropelamento. “Ele tinha um ângulo de visão favorável, havia boa iluminação no local e ainda assim seguiu sem reduzir a velocidade. As testemunhas confirmam que ele foi alertado sobre o animal na via e, mesmo assim, optou por não parar”, explicou Vignolo.
O cachorro, chamado Leão, era conhecido na vizinhança e recebia cuidados dos moradores. Ele chegou a ser levado para uma clínica veterinária, onde ficou internado por dois dias, mas não resistiu aos ferimentos.
O motorista foi indiciado por maus-tratos a animais com resultado morte, crime que prevê pena de 2 a 5 anos de prisão, podendo ser aumentada em um terço devido ao óbito do animal. Ele responderá em liberdade.