Estudo descreve o Khosta-2 em morcegos da Rússia, com uso do receptor ACE2 e baixa resposta a anticorpos de vacinas

Pesquisadores identificaram na Rússia um coronavírus chamado Khosta-2, encontrado em morcegos e capaz de entrar em células humanas pelo receptor ACE2. O alerta vem de análise publicada em 2022 por cientistas da Washington State University, que pedem vigilância contínua.

Segundo os autores, o Khosta-2 pertence aos sarbecovírus, mesmo grupo do SARS-CoV-2. Em testes de laboratório, a spike do vírus conseguiu invadir células humanas e mostrou resistência parcial aos anticorpos induzidos por vacinas contra a Covid-19.

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Não há registro de casos em humanos nem indício de surto ligado ao Khosta-2. Especialistas ressaltam que o risco imediato é baixo, mas recomendam monitoramento de vírus em fauna silvestre para evitar surpresas.

Vírus foi detectado no Parque Nacional de Sochi em amostras de 2020

O Khosta-2 foi catalogado em 2020 em morcegos-ferradura no Parque Nacional de Sochi, sul da Rússia. A região concentra espécies conhecidas por abrigar coronavírus que, em raros casos, podem saltar para humanos.

Nos experimentos, pesquisadores usaram pseudovírus para testar a entrada em células humanas por meio do ACE2. Os resultados indicam potencial biológico, não uma pandemia em curso. A recomendação é ampliar vigilância genômica e troca de dados entre laboratórios.

OMS no país nega rumores sobre “novo vírus” circulando em 2025

Em abril de 2025, o escritório da OMS na Rússia desmentiu boatos sobre um “novo vírus” desconhecido causando doença no país. A entidade afirmou que não há evidências de patógeno inédito em circulação e reforçou a importância da verificação de fatos.

A checagem ajuda a separar pesquisas em laboratório — como a do Khosta-2 — de relatos não confirmados em redes sociais. Para o leitor, isso significa acompanhar fontes oficiais e evitar desinformação.

O que muda para o leitor: vigilância, vacinação em dia e atenção à ciência

Para a população, o principal é manter vacinas de rotina em dia e seguir orientações de saúde pública. O desenvolvimento de imunizantes de amplo espectro contra sarbecovírus é prioridade para reduzir riscos futuros.

Autoridades e pesquisadores defendem ampliar sequenciamento, proteger habitats de fauna e investir em resposta rápida a eventos de spillover. Informação clara e baseada em dados continua sendo a melhor defesa.

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