Opinião

Quando falta o respeito, a autoridade se deslegitima

Tratar o cidadão pagador de impostos com educação é o mínimo que se espera de uma “autoridade de trânsito” no Brasil. Mas não é o que se vê.

Quando falta o respeito, a autoridade se deslegitima
Agente de Trânsito aplicando multa. Foto: Prefeitura de Juiz de Fora/Reprodução

Aplicar uma multa de trânsito é direito e dever de um agente de trânsito quando, no exercício de sua função, e munido de razão e assegurado pela lei, identifica uma ação que infringe a legislação de trânsito.

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No entanto, também é direito do cidadão infrator ser tratado com respeito pelos agentes de trânsito ou qualquer outra autoridade municipal, estadual ou federal que, fazendo cumprir seu papel, venha lhe impor as sanções as quais manda a lei.

Alterar a voz a um cidadão que pretende dialogar e se defender do que lhe acusa a autoridade de trânsito demonstra não só a falta de respeito para com esse cidadão, como também falta de profissionalismo deste (ou desta) agente e insegurança para realizar o trabalho que lhe compete.

Talvez, o fato de este ou esta agente estar trabalhando sob o sol quente em um feriado, enquanto seus amigos e familiares desfrutam de um dia de lazer e descanso possa afetar seu emocional. Mas isto não justifica que ele ou ela revoltado ou revoltada com a condição imposta por seu próprio trabalho, desconte sua raiva em um cidadão de bem.

Os agentes de trânsito, bem como outras autoridades, estão a serviço do povo. E ao povo devem prestar e fornecer um serviço digno e condizente com os cargos que ocupam.

Saber lidar com o público é tão ou mais importante do que impor uma “autoridade” que lhe foi conferida por este mesmo público.

Saber ouvir e saber falar em um tom de voz respeitoso é, muitas vezes, mais importante do que simplesmente anotar placas e distribuir multas como se fosse um funcionário que recebesse comissão para isto.

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