Universitários questionam gestão financeira e empresa promete esclarecimentos na próxima semana

A Phormar Formaturas e Eventos Ltda., empresa de organização de eventos e formaturas, enfrenta uma série de ações judiciais em Juiz de Fora. Universitários de diferentes cursos denunciaram supostas irregularidades na gestão de fundos de formatura, com alegações de desvios que ultrapassam R$ 200 mil.

Lucas Vaz, advogado que representa um grupo de alunos do curso de Medicina de uma faculdade particular da cidade, confirmou que um dos processos está em andamento na 3ª Vara Cível da Comarca de Juiz de Fora. Segundo ele, o objetivo é recuperar valores que teriam sido retirados de forma irregular das contas dos estudantes, acessadas pela empresa após a concessão de uma procuração.

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De acordo com os autos, os primeiros desvios teriam ocorrido em março deste ano, intensificando-se nos meses seguintes. Em novembro, transferências adicionais quase esgotaram os recursos disponíveis, mesmo após notificações extrajudiciais e a revogação da procuração. Diante da falta de devolução do valor solicitado, a comissão de formatura recorreu à Justiça e alterou o controle da conta bancária para impedir novos acessos pela Phormar.

Em nota, a Phormar alegou que não realiza movimentações sem autorização da comissão de formatura e informou que se pronunciará formalmente na próxima segunda-feira (9). A empresa também afirmou que suas contas foram bloqueadas, impedindo a restituição dos valores e a continuidade da organização de festas.

Outras turmas relatam problemas

Estudantes de outros cursos, incluindo Direito e Medicina da Suprema e da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), também apresentaram denúncias de supostos desvios, que podem ultrapassar R$ 700 mil. Apesar disso, os representantes das comissões envolvidas evitaram comentar o caso publicamente, seguindo orientações jurídicas.

Lucas Vaz revelou ainda que obteve a concessão de uma tutela de urgência para bloquear valores nas contas da empresa, garantindo que os montantes desviados sejam resguardados até a conclusão das ações judiciais.

Com contratos firmados desde 2021, estudantes relataram que depositavam mensalidades médias de R$ 300 em contas administradas pela Phormar, enquanto mantinham outra conta para controle adicional. No entanto, a comissão de formatura nunca teve acesso total à conta gerida pela empresa, gerando desconfianças e culminando nas atuais disputas judiciais.

A continuidade das festas de formatura e a devolução integral dos valores permanecem incertas, enquanto o caso aguarda novos desdobramentos.

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