Médicos e psicólogos alertam para os riscos físicos e emocionais de um comportamento que cresce silenciosamente entre jovens no Brasil

A “Roleta Russa” não é apenas o nome de um jogo mortal com arma de fogo. Hoje, também identifica uma prática sexual extremamente arriscada que tem se espalhado entre adolescentes brasileiros. O termo, embora chocante, descreve uma dinâmica em que jovens se envolvem em relações sexuais com múltiplas pessoas sem proteção e sem saber quem será o próximo parceiro. A prática, que mistura risco, curiosidade e exposição, tem gerado preocupação entre pais, educadores e profissionais de saúde.

Comportamento impulsivo, pouca informação e busca por aceitação social

O que leva adolescentes a participarem dessa prática? Especialistas apontam para fatores como pressão de grupo, impulsividade típica da adolescência, falta de educação sexual adequada e desejo de pertencimento. Muitas vezes, os encontros são organizados por meio de redes sociais ou aplicativos de mensagens, ocorrendo em festas privadas ou até mesmo em casas de colegas.

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Segundo a psicóloga clínica Renata Moura, que atua com jovens e famílias há mais de 15 anos, “a falta de diálogo sobre sexualidade em casa e nas escolas favorece o surgimento de comportamentos de risco. O adolescente busca respostas e aceitação em lugares inseguros”.

Consequências vão além do físico: traumas, doenças e culpa

As consequências da prática da Roleta Russa podem ser devastadoras. Além do risco óbvio de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e gravidez indesejada, os participantes podem desenvolver traumas emocionais, culpa, depressão e baixa autoestima. O sentimento de arrependimento é comum, segundo médicos que atendem nas redes públicas de saúde.

Outro ponto grave é a ausência de consentimento real, já que muitos jovens entram nessas situações sob influência de álcool, pressão social ou falta de maturidade para entender os riscos.

Organizações ligadas à saúde da juventude alertam que a prevenção passa pela informação e pelo diálogo aberto. Campanhas educativas nas escolas e dentro das famílias são essenciais para que os jovens aprendam a reconhecer os perigos e a respeitar seus próprios limites.

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