Interesse por veículos elétricos cresce, mas infraestrutura ainda é o principal obstáculo na cidade

Com a popularização dos carros elétricos no Brasil, muitos consumidores têm avaliado a possibilidade de adquirir um modelo movido exclusivamente a bateria. Em Juiz de Fora, o interesse por esse tipo de veículo segue em ascensão. No entanto, a ausência de uma rede pública estruturada de recarga nas ruas e nas estradas da região ainda levanta dúvidas sobre a viabilidade desse investimento.

Apesar das vantagens já conhecidas — como baixo custo de manutenção, isenção de impostos em alguns estados e emissões zero de poluentes, a realidade local impõe desafios. Juiz de Fora conta com pouquíssimos pontos de carregamento públicos. A maioria está instalada em condomínios privados ou empresas. Isso significa que o proprietário de um carro elétrico dependerá, em muitos casos, de instalar um carregador doméstico, o que envolve custos adicionais e limita o uso do carro a trajetos curtos.

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Falta de recarga compromete autonomia e rotina do motorista

Mesmo com autonomia média de 250 a 400 km por carga, a falta de opções de recarga fora de casa transforma qualquer deslocamento mais longo em uma logística complexa. Para quem depende do veículo para viagens regionais ou trabalha com transporte por aplicativo, isso pode representar um problema grave.

Além disso, a rede de recarga rápida nas rodovias brasileiras ainda é muito limitada, especialmente no interior de Minas Gerais. Com isso, quem aposta em um carro elétrico em Juiz de Fora precisa planejar com precisão cada quilômetro rodado.

Especialistas do setor automotivo recomendam que a decisão pela compra de um carro elétrico seja precedida por uma análise minuciosa do perfil de uso do veículo. Para quem utiliza o carro apenas para trajetos urbanos curtos e dispõe de local adequado para carregamento doméstico, a compra pode sim valer a pena. Contudo, para usos mais intensivos, a falta de infraestrutura ainda pesa negativamente.

Iniciativas ainda são tímidas, mas tendência é de crescimento

Embora haja sinais de progresso, como incentivos fiscais, programas de mobilidade sustentável e projetos-piloto de instalação de eletropostos, Juiz de Fora ainda está distante de oferecer uma infraestrutura minimamente compatível com o crescimento do mercado de elétricos.

Montadoras como BYD, Renault e Volkswagen têm ampliado a oferta de veículos elétricos no país, e o número de emplacamentos cresce ano após ano. A expectativa é que, com o aumento da demanda, o poder público e a iniciativa privada acelerem a instalação de novos pontos de recarga.

Enquanto isso não acontece, comprar um carro elétrico em Juiz de Fora é, sobretudo, uma aposta no futuro. Um futuro que ainda caminha a passos lentos, mas que, cedo ou tarde, exigirá uma revolução na infraestrutura urbana.

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