Operação internacional desmantela rede de tráfico ligada à Baixada Santista; empresário foi preso em São Paulo

Ação dos EUA em alto-mar levou à maior ofensiva contra o tráfico marítimo internacional nos últimos meses

Um veleiro de bandeira brasileira foi destruído a tiros pela Marinha dos EUA próximo ao continente africano. A embarcação transportava três toneladas de cocaína e fazia parte de uma complexa rota de tráfico internacional. A ofensiva naval, registrada em vídeo, mostra disparos intensos e a explosão do casco, revelando a gravidade da operação.

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O caso aconteceu em fevereiro de 2023. A denúncia partiu da DEA, agência antidrogas dos Estados Unidos, e desencadeou a Operação Narco Vela, coordenada pela Polícia Federal do Brasil. A investigação revelou uma rede criminosa baseada na Baixada Santista, especializada no envio de entorpecentes para a Europa e a África.

Mais de 20 pessoas foram presas em ação coordenada em três países

Na última terça-feira (29), a Polícia Federal cumpriu 97 ordens judiciais, entre elas mandados de prisão e de busca e apreensão, em cinco estados brasileiros e em países como Estados Unidos, Itália e Paraguai. O delegado federal Osvaldo Scalezi Júnior confirmou que o grupo recrutava pescadores para operar lanchas rápidas, que levavam a droga até alto-mar.

Lá, os entorpecentes eram transferidos para barcos maiores, como pesqueiros e veleiros. Ao se aproximarem do destino, lanchas menores buscavam a carga e a levavam até a costa africana ou às Ilhas Canárias. O uso de rastreamento por satélite e embarcações de longo curso reforçava a estrutura sofisticada da organização.

Empresário foi detido com arma na Lamborghini durante a operação

Entre os investigados está o empresário Rodrigo Morgado, preso em São Paulo após a polícia encontrar uma arma em seu carro de luxo. Dono da Quadri Contabilidade, ele alegou que levou o filho ao hospital e esqueceu o armamento. A Justiça converteu a prisão temporária em prisão preventiva, considerando os vínculos com tráfico, ameaça e agressões.

Posteriormente, a defesa apresentou documentos que comprovam que Morgado é registrado como colecionador e atirador, o que pode influenciar a análise da posse da arma. A apuração sobre sua participação no esquema segue em andamento.

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