Tempestade com ventos de 103 km/h atinge Sambódromo do Anhembi e danifica estruturas de escolas de samba
A forte tempestade que atingiu São Paulo na última quarta-feira (26) provocou estragos significativos no Sambódromo do Anhembi, prejudicando diversas escolas de samba que finalizavam os preparativos para o Carnaval. Com ventos de até 103 km/h na região do Campo de Marte, na zona norte da capital, esculturas se partiram, cabeças se soltaram e partes de carros alegóricos foram arrancadas pela força do vendaval e pelo impacto do granizo.
Integrantes das escolas de samba enfrentaram momentos de tensão ao tentar proteger os carros alegóricos em meio à tempestade. A Gaviões da Fiel foi uma das mais afetadas, com duas esculturas do segundo carro destruídas e o próprio gavião do abre-alas tombado. “Ficamos bastante danificados. Nossa baia está bem exposta e pegou todo o vento vindo da Marginal Tietê”, explicou o carnavalesco Júlio Poloni. Apesar dos danos, ele afirmou que a equipe já trabalha para restaurar as peças e garantir a participação da escola no desfile de sábado.
A Dragões da Real também sofreu prejuízos, com as asas de um serafim danificadas. “O susto é grande, mas ainda temos tempo para fazer os reparos e garantir que tudo esteja pronto na hora do desfile”, afirmou Márcio Santana, diretor de Carnaval da escola.
Outras agremiações
Outras agremiações também tiveram perdas expressivas. A Mancha Verde viu a escultura de Carlinhos Brown ser quebrada na base, enquanto a Colorado do Brás teve várias peças de isopor arrancadas. Já a Acadêmicos do Tucuruvi precisou remover uma grande estrutura indígena do carro alegórico para evitar que fosse arremessada pela ventania.
Com poucos dias para o início dos desfiles, as escolas correm contra o tempo para restaurar os carros e minimizar os impactos da tempestade, buscando manter o brilho do Carnaval paulistano.